Os assassinos do soldado do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), da Polícia Militar (PM), Tiago da Silva Rego, morto em um confronto no dia 26 de setembro na área rural de Altônia, sabiam que estavam atirando contra policiais, afirma o delegado Reginaldo Caetano.
O responsável pelo caso disse ter chegado a esta conclusão depois da reconstituição do crime feita na tarde de segunda-feira (24). O trabalho que durou cerca de duas horas e meia foi acompanhado pelos dois policiais que estavam com Tiago no dia do crime.
“Apesar do carro usado pelos policiais estar descaracterizado, pela posição e como os dois veículos ficaram lado a lado, eles [o motorista e o atirador] sabiam que se tratava de policiais. O vidro do veículo dos policiais, que estavam uniformizados, estava entreaberto. Impossível não ver”, explicou.
Ainda segundo Caetano, o motorista já foi identificado, e a Justiça expedição um mandado de prisão contra ele. A polícia busca informações sobre o atirador.
No mesmo dia do crime, dois corpos foram encontrados em um carro incendiado também na área rural de Altônia. O veículo é o mesmo usado pelos atiradores.
“Pelo que apuramos até agora, os dois corpos já estavam no porta-malas quando os envolvidos se depararam com o carro dos policiais que faziam um reconhecimento na região. Depois da troca de tiros, eles abandonaram e incendiaram o veículo e fugiram”, comentou o delegado.
Familiares identificaram as roupas das vítimas. Os dois eram envolvidos com o crime de contrabando na região.
Inicialmente, chegou-se a suspeitar que os dois mortos seriam os assassinos do policial.
FONTE: G1 PR.