Em média, 43 "gatos" de energia elétrica foram flagrados por dia em 2019 no Paraná, de acordo com a Copel. No ano passado, houve o registro de 10.849 procedimentos irregulares realizados por consumidores, segundo a companhia.
A quantidade de energia desviada com as ligações irregulares, de 43,5 gigawatts-hora, seria suficiente para abastecer uma cidade de 25 mil habitantes por um ano inteiro, informou a Copel.
De acordo com a companhia, 80% dos casos flagrados são de fraudes na medição, o que configura o crime de estelionato. O restante são situações de ligação irregular de energia - passando fiação -, que, conforme a Copel, configuram-se como furto.
O crime de estelionato tem pena prevista de um a cinco anos, e o de furto prevê detenção de um a quatro anos, segundo o Código Penal Brasileiro.
A Copel informa que cobra o pagamento da energia desviada e de custos administrativos com base em uma resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo a companhia, foram recuperados R$ 34 milhões em 2019 - com 40 equipes dedicadas às inspeções.
O superintendente comercial da Copel Distribuição, João Acyr Bonat Junior, alerta que a prática pode prejudicar os consumidores que pagam sua conta de luz regulamente.
Isso porque, sem o trabalho de fiscalização, parte dos valores iria para a conta de luz daqueles que pagam em dia. Ele chama a atenção também para a segurança.
“As ligações irregulares trazem risco de choque elétrico para quem as executa, e ainda podem causar sobrecarga na rede, provocando variação de tensão, e até incêndios”, afirma.
Conforme a Copel, foram registradas no ano passado 5 mil denúncias, que direcionaram 10% das inspeções. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 0800 51 00 116, selecionando o menu "outros serviços" e depois "informações comerciais".
Fonte: G1 Paraná
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