O número de casos confirmados de sarampo no Paraná subiu para 831, conforme o boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado nesta quinta-feira (6). Foram 23 novas confirmações em uma semana.
Cerca de 60% das confirmações foram registradas em Curitiba. O boletim desta quinta-feira indicou que, ao todo, são 2.902 casos notificados; 1.653 casos em investigação e 418 casos descartados.
Nenhuma morte pela doença foi registrada, segundo a Sesa.
Dos 831 casos confirmados no estado, em 32 casos a provável fonte de infecção foi o estado de São Paulo e em cinco foi o estado de Santa Catarina.
A Sesa informou ainda que são 25 casos secundários de duas cadeias de transmissão distintas, e 769 casos sem vínculo definido.
De acordo com a secretaria, entre todo o grupo de pacientes com sarampo confirmado, a maior incidência continua sendo no grupo de jovens adultos, que estão na faixa de idade entre 20 e 29 anos.
20 a 29 anos: 435 casos;
10 a 19 anos: 216 casos;
30 a 39 anos: 91 casos;
40 a 49 anos: 34 casos;
6 < 12 meses: 17 casos;
0 < 6 meses: 14 casos;
50 a 59 anos: 12 casos;
1 a 4 anos: 9 casos;
5 a 9 anos: 3 casos.
A primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo deste ano começa na segunda-feira (10) e vai até o dia 13 de março.
Para iniciar a campanha, o Paraná tem o quantitativo de mais de 1,2 milhão de doses da vacina.
O Paraná acompanha as estratégias definidas pelo Ministério da Saúde, porém, define ações diferenciadas para conter a transmissão do vírus no estado.
De acordo com a Sesa, a campanha nacional recomenda que nesta primeira etapa seja vacinado o público de cinco a 19 anos.
Porém, analisando os casos no Paraná, a faixa etária de 20 a 29 anos é a mais atingida pela doença e, como forma de quebrar a transmissão do vírus, o estado adota uma campanha contemplando as pessoas de cinco até 59 anos.
Para as demais idades, de cinco a 19 anos e dos 30 aos 59, a vacinação é seletiva. A Sesa informa que é necessário levar o comprovante vacinal para verificação do esquema, pela unidade de saúde, pois somente será imunizada a pessoa que nunca recebeu a dose ou que esteja com o esquema vacinal incompleto.
A vacina contra o sarampo é gratuita e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. A dose zero deve ser aplicada em crianças entre seis e onze meses.
A primeira dose deve ser aos 12 meses de vida com a vacina tríplice viral – que previne sarampo, caxumba e rubéola –, e a segunda dose aos 15 meses de vida com a vacina tetra viral – que previne sarampo, rubéola, caxumba e varicela/catapora.
Conforme a Sesa, mulheres que estão amamentando podem ser vacinadas. E aquelas que desejam engravidar, devem aguardar no mínimo 30 dias após receber a dose da vacina.
Todos os profissionais da área da saúde devem ser vacinados com as duas doses da tríplice viral em qualquer faixa etária.
A secretaria afirma que não tem indicação para tomar a vacina pessoas com a imunidade baixa, mulheres grávidas e menores de seis meses de idade e pacientes que tomam medicações imunossupressoras.
Para realizar a abertura da campanha nacional e incentivar a vacinação contra o sarampo, em 15 de fevereiro, o secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, estará em Curitiba.
A capital paranaense foi escolhida pelo alto número registrado de casos de sarampo.
Fonte: G1 Noroeste
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