TV UP
Presidente da Argentina, Mauricio Macri, reconheceu a derrota nas eleições prévias obrigatórias

O atual presidente da Argentina, Mauricio Macri, reconheceu a derrota nas eleições prévias obrigatórias da corrida presidencial realizadas neste domingo (11). As eleições Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (PASO) definem oficialmente quem serão os candidatos de cada partido nas eleições nacionais que acontecem em outubro e funcionam como uma espécie de grande pesquisa eleitoral.
Com 99,37% das urnas apuradas, Alberto Fernández, que tem Cristina Kirchner como vice, teve 47,66% dos votos, e Macri 32,08%. Roberto Lavagna aparece em 3º lugar com 8,23% dos votos.
Alberto Fernández foi chefe de gabinete dos governos de Néstor e Cristina Kirchner, entre 2003 e 2008. Ele é acusado por opositores de ser um fantoche de Cristina, pois é visto como articulador político e pouco carismático, ao contrário da ex-presidente.
Cristina vinha sendo apontada como principal adversária de Macri nessas eleições, mas problemas na Justiça, questões políticas e familiares fizeram com que a ex-presidente desistisse de concorrer como líder da chapa.
O vice de Macri é Miguel Ángel Pichetto, que era um peronista, grupo político ao qual Cristina Kirchner também pertence.
Macri se antecipou à divulgação dos resultados e reconheceu um desempenho abaixo do esperado. Os primeiros números da apuração só foram divulgados mais de uma hora após o previsto. Alguns partidos reclamaram que o sistema de dados ficou "às escuras" logo depois do fim da votação.
"Tivemos uma eleição ruim e isso nos obriga a partir de amanhã a redobrar nossos esforços. Dói que não tenhamos todo o apoio que esperávamos", disse Mauricio Macri.
Após a confirmação dos resultados, Fernández, que é o representante da 'Frente de Todos', falou a seus apoiadores na sede da campanha e disse querer criar uma "nova Argentina".
"Nós não vamos restaurar um regime, vamos criar uma nova Argentina, que termine com este tempo de mentiras e que dê aos argentinos um horizonte melhor para o futuro. O conceito de vingança, divisão e qualquer outra coisa acabou. Nunca fomos loucos governando. Vamos arrumar os problemas que outros geraram", afirmou Fernández.
Fonte: Portal G1